Reflexão sobre a globalização e os problemas que dela advêm

A globalização é um processo de integração económica, social, cultural e de comunicação dos países do mundo no final do século XX, na medida em que as nações não podiam viver isoladas e voltadas para si, vendo-se, por isso, forçadas a celebrar acordos políticos, económicos e intercâmbios culturais que julgam vantajosos para os seus cidadãos. É um fenómeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados. Todavia, muitas pessoas vêem nestes acordos a possibilidade de intromissão em assuntos internos comprometendo a vida dos povos como entidades autónomas, com liberdade e capacidade de autodeterminação e enfraquecendo o seu sentimento nacional.
Do ponto de vista político e económico a globalização para nós, cidadãos, poderá ser vista como algo negativo e prejudicial, já que nenhum de nós votou pela globalização, também não tendo sido referendada. Estamos a viver um período de grande instabilidade e manifestações, originado pelas grandes diferenças económicas entre as diferentes classes sociais, levando algumas pessoas a afirmarem que estamos a assistir á queda do “Capitalismo Irresponsável”. Para tal afirmação muito contribui os constantes escândalos e abusos financeiros por parte de pessoas singulares ou empresas.
Na cultura, assistimos a uma homogeneização de atitudes, pensamentos e formas de viver, o que poderá levar á perda da identidade cultural e nacional dos diferentes povos e países. Perante isto perdem-se tradições, usos e costumes ancestrais, a gastronomia típica de cada região ou país, contos e danças populares, etc.
Na tecnologia, a internet e os recursos tecnológicos possibilitados pela informática estão a causar uma revolução comparável à revolução industrial. As novas tecnologias da informação possibilitam-nos estar sempre actualizados, em todo o lado e ao mesmo tempo. A isto está associado o fenómeno da globalização, que poderá ser considerado um problema da tecnociência na medida em que torna possível a perda da nossa autonomia e identidade cultural.
Pessoalmente, penso que a globalização só a nível tecnológico é que será benéfica, mas usufruída basicamente pelo mundo ocidental, Europa e América do Norte, já que muitos dos países em vias de desenvolvimento deparam-se com outras necessidades e prioridades.